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Agricultura Familiar: Entendendo sua Importância

A agricultura familiar representa quase 80% das propriedades agrícolas do Brasil e 67% do total de trabalhadores ocupados na agropecuária

A agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil, segundo o último Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, essa prática emprega 10 milhões de pessoas, o que corresponde a 67% da força de trabalho ocupada em atividades agropecuárias.

Em extensão de área, a agricultura familiar abrange 80,9 milhões de hectares, o que é equivalente a 23% da área total das propriedades agropecuárias no Brasil. De acordo com o IBGE, os agricultores familiares em sua maioria são homens (81%), com idade entre 45 e 54 anos. Além disso, apenas um pouco mais de 5% deles completaram o ensino superior.

O que é agricultura familiar?

homem trabalhando em uma plantacao feita na modalidade de agricultura familiar

Para ser caracterizada como agricultura familiar, a produção deve utilizar mão de obra de sua própria família nas atividades econômicas e a propriedade não pode ser maior que quatro módulos fiscais. A direção do empreendimento agropecuário deve ser realizada por membros da família. Além disso, uma parte mínima da renda familiar precisa ser gerada pela propriedade rural.

A lei nº 11.326/2006 reconheceu a agricultura familiar como profissão no Brasil. A legislação definiu esses limites da exploração da atividade rural realizada em pequenas propriedades para permitir o acesso a programas governamentais de incentivo a essa prática agrícola — como linhas de crédito, assistência técnica e programa de aquisição de alimentos.

Como funciona a produção agrícola em família?

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O agricultor familiar tem uma relação muito próxima com a terra, com seu local de trabalho e moradia. Além disso, a família equilibra a produção entre os alimentos consumidos para sua subsistência e aqueles comercializados no mercado.

Diferente das grandes propriedades, que geralmente se concentram na monocultura, os empreendimentos familiares produzem uma diversidade maior de culturas. Nesse sentido, isso gera um impacto positivo na qualidade dos produtos.

O manejo do solo costuma ser orgânico, com respeito ao ecossistema, reduzindo o impacto no meio ambiente. Isso porque as práticas mais tradicionais valorizam medidas naturais de adubação e combate a pragas.

Muitos agricultores familiares também se dedicam ao extrativismo vegetal, colhendo produtos nativos, para comercializar regionalmente e ampliar a sua fonte de renda.

Qual é a importância da agricultura familiar?

Mais de 80% de todos os alimentos produzidos no mundo têm como origem propriedades familiares, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Em reconhecimento a essa importância crucial, ademais, a ONU decretou dedicar a década entre 2019 e 2028 à agricultura familiar e estabeleceu uma série de ações para fomentar a prática.

No Brasil, o Censo Agrícola do IBGE indica que a agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com uma produção diversificada de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes. 

Os agricultores familiares têm importância tanto para o abastecimento do mercado interno quanto para o controle da inflação dos alimentos do Brasil. Adicionalmente, produzem cerca de 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno, além de contribuírem com 50% das aves e 30% dos bovinos.

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Em resumo, a agricultura familiar desempenha um papel vital no contexto global, contribuindo para a segurança alimentar, o desenvolvimento rural, a preservação cultural e a sustentabilidade ambiental. Ela representa uma abordagem mais integrada e centrada na comunidade para a produção de alimentos.

Fonte estudo: summitagro

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